"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: Buscai sempre a Sua face."

Agostinho de Hipona



sexta-feira, 10 de junho de 2011

Fé – definição e exemplo

“ Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.” Hebreus 11.1

Há duas grandes esferas de incertezas para todos os seres humanos. A primeira diz respeito ao nosso desconhecimento do futuro e a segunda à realidade que está presente, mas é invisível aos nossos olhos, pois nossa segurança está no presente, não no futuro, e naquilo que vemos não no que não vemos. Quanto ao futuro, mesmo as previsões metereológicas oficiais costumam errar, e quanto ao que não podemos ver, nossa formação científica tem nos induzido a adotar uma postura cética com relação a tudo que não pode ser submetido a uma investigação empírica.

Portanto, ficamos chocados quando descobrimos que é exatamente nessas duas esferas de incertezas (o futuro e o invisível) que a fé se especializa e até mesmo floresce! A fé envolve tanto a realidade presente, mas invisível, quanto o futuro que ainda está por vir. Colocado de forma mais simples, a fé é certeza de que o futuro que antecipamos acontecerá e que o presente que não vemos, mesmo assim é real.

É claro que os descrentes zombam da fé cristã. H. L. Mencken, conhecido como o sábio de Baltimore, fez a seguinte afirmação: “A fé pode ser definida brevemente como uma crença ilógica na ocorrência do improvável”. A frase é espirituosa, porém incorreta. Fé não é sinônimo de credulidade ou de superstição. Nem é irracional ou ilógica. Não, fé e razão nunca aparecem como antítese nas Escrituras. O contraste é entre fé e visão, não entre fé e razão. Ao contrário, “os que conhecem o Teu nome confiam em Ti” (Sl 9.10). Eles confiam porque conhecem. A fé se origina da credulidade de seu Sujeito, e ninguém é mais confiável que Deus.

Os exemplos citados em Hebreus 11 esclarecem essa questão. Em cada caso, a fé é uma resposta àquilo que Deus disse. Noé construiu a arca porque Deus o alertou sobre o dilúvio. Abraão deixou sua terra e sua parentela porque Deus lhe prometeu um lar alternativo e uma numerosa descendência. Em ambos os casos, a ação foi precedida pela Palavra de Deus. O mesmo ocorre conosco. Não somos gigantes espirituais como Enoque, Abraão e Moisés. Deus não costuma se dirigir diretamente a nós, mas Ele continua falando conosco através das Escrituras. Assim a fé é a nossa resposta à Sua Palavra.

Para saber mais: Hebreus 11.1-10

Devocionário “A BÍBLIA TODA O ANO TODO”, Pastor John Stott,  Editora Ultimato.

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