"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: Buscai sempre a Sua face."

Agostinho de Hipona



terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Obediência que traz livramentos

Por Maurício Jordão
Texto base: Números 25: 1-18

Os Filhos de Israel, segundo as ordenanças de Deus, comeriam do melhor da terra que lhes fora prometida, desde que O obedecessem. Uma das advertências era a de que quando da incursão à terra prometida, o povo de Deus não se envolvesse com as filhas daqueles povos, com o fim de que não pecassem e se prostituíssem adorando os seus deuses. O falso profeta Baal, depois de não conseguir seu intento no episódio em que foi literalmente contratado pelos moabitas a profetizar contra o povo de Deus como o fim de que perdessem uma batalha (Num. 22; 23 e 24), observou que esse era o caminho para que a ira de Deus se acendesse contra o Seu povo.

As mulheres moabitas, incitaram o povo a se inclinar a seus deuses. Deus então se irou contra o povo por meio de uma praga e ordenou a Moisés que os cabeças das tribos de Israel tomassem os insurgentes, sendo provavelmente seus próprios parentes, e os enforcassem. Contudo, eles amaram mais aos seus do que a Deus e o povo continuou a pecar contra Deus. 

A narrativa bíblica conta que Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, transpassou com sua lança um casal composto de um israelita cujo nome era Zinri e de uma midianita cujo nome era Cosbi que cometia torpeza diante dos olhos dos filhos de Israel, cessando assim a ira de Deus. 

Jesus Cristo disse que devemos amar mais a Deus do que nossos pais, filhos e cônjuges. Muitas vezes compactuamos com práticas ilícitas que destoam do caminho que Deus preparou para nós, seja por amor aos nossos, seja para sermos aceitos. Não podemos tomar o arado e olharmos para trás. Não devemos tomar a forma deste mundo tenebroso, relativizado, sem o devido temor de Deus na Sua verdade. Somos advertidos a sermos brandos, esgotarmos as possibilidades com amabilidade e paciência. Enquanto depender de nós, devemos ter paz uns com os outros, perdoar-nos uns aos outros no temor do Senhor. 

Contudo, há situações em que a firmeza e a rigidez são necessárias, tanto no trato com o nosso próximo quanto na firmeza de atos e atitudes no que se refere a nossa esperança e nossa convicção dentro do que preconiza a nossa regra única, infalível, inerrante e imutável de fé e prática que é a Palavra de Deus, e Jesus Cristo que é o modelo a ser seguido como estilo de vida em amor e perseverança. 

As pessoas estão cansadas de ouvir aquilo que não vêm. Não vivemos aquilo que pregamos. Faz-se necessário um comprometimento vivo da Igreja no que se refere ao seu chamado. Pois, nossa batalha sem fim, se dá contra hortas do mal, invisíveis, astutas, perspicazes e traiçoeiras. Não lutamos contra nossos iguais. E para vencermos esta batalha, é necessário que nos utilizemos de todos os artefatos que compõem a armadura de Deus. Não com armas carnais, mas espirituais no poder de Deus. 

Que tenhamos a mesma atitude obediente de Finéias, que não se deixou levar pelas circunstâncias adversas e tão somente agiu em obediência a Deus desviando assim Sua ira. Por isso, disse Deus a Moises: “Finéias, filho de Eliazar, filho de Arão, o sacerdote, desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, pois zelou o meu zelo no meio deles; de modo que no meu zelo não consumi os filhos de Israel” (v. 11). Que Deus nos conceda toda Sua misericórdia!      

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