"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: Buscai sempre a Sua face."

Agostinho de Hipona



sábado, 18 de dezembro de 2010

Série Imagens do Messias parte 7 - O Filho do Homem

Publicaremos uma série de postagens de autoria do Pastor John Stott intituladas IMAGENS DO MESSIAS, abordando uma das características mais notáveis do Antigo Testamento que é a crescente expectativa da chegada do Messias. Imediatamente após a queda, logo que Adão e Eva pecaram, Deus anunciou sua intenção de salvar os pecadores, e faria isso através de um descendente da mesma pessoa pela qual o pecado havia entrado no mundo. A partir de então, a promessa de Deus sobre o Messias vai se tornando cada vez mais rica e variada. Por exemplo, ele seria um profeta como Moisés, um sacerdote como Melquisedeque e um rei como Davi.


”Então Ele começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do Homem sofresse muitas coisas e fosse rejeitado [...] fosse morto e três dias depois ressuscitasse”. (Marcos 8.31)

Veremos hoje a sétima e última imagem do Messias, a imagem preferida de Jesus: “o Filho do Homem”. Logo de início, este título parece ser o mais singelo. Jesus o usava frequentemente na terceira pessoa de modo que, quando dizia (por exemplo) “o Filho do Homem se envergonhará” queria dizer “eu me envergonharei”. Além disso, “filho do homem” no idioma hebraico significa “ser humano”, e é nesse sentido que Deus se dirigia regularmente a Ezequiel.

Mas fica também evidente que Jesus usava o título numa referência direta à profecia de Daniel 7. Ali, em uma visão, Daniel contemplou “alguém semelhante a um filho do homem [i.e., com aparência de um ser humano], vindo com as nuvens dos céus” (Dn 7.13). Ele se aproximou do Ancião de Dias (o Deus Eterno) e recebeu autoridade, glória e poder para que todos os povos, de todas as línguas da terra o adorassem. E Daniel acrescentou, “seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruído” (Dn 7.14)

Jesus por várias vezes aplicou essa visão extraordinária a Ele mesmo. Por exemplo, Ele disse ao sumo sacerdote: “Vereis o Filho do Homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu” (Mc 14.62). Esta foi uma declaração de suprema autoridade e de um reino eterno. Porém, o mais extraordinário é que Jesus usou esse mesmo título em um contexto totalmente diferente. Por exemplo, relacionando o título de Isaías 53 Ele disse: “O Filho do Homem deve sofrer muitas coisas e ser rejeitado [...] ser morto e depois de três dias ressuscitar” (Mc 8.31). Jesus fez algo que ninguém antes dele havia feito: ele fundiu o glória de Daniel 7 com o sofrimento de Isaías 53 a fim de ensinar que somente através do sofrimento Ele entraria em Sua glória. Ao usar a expressão: “o Filho do Homem deve sofrer”, Ele uniu as duas imagens.

Vimos esta semana sete imagens do Messias. Ele é o descendente de Eva, de Abraão e de Davi. Ele é também Profeta, Sacerdote e Rei. Mas ainda, Ele é o Salvador Sofredor e o Soberano Majestoso. Nosso dever é nos colocarmos diante Dele, com o rosto em terra.

Para saber mais: Marcos 8. 27 - 9.1       


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