"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: Buscai sempre a Sua face."

Agostinho de Hipona



terça-feira, 23 de novembro de 2010

Série Imagens do Messias parte 2 - A descendência de Abraão

Publicaremos uma série de postagens de autoria do Pastor John Stott intituladas IMAGENS DO MESSIAS, abordando uma das características mais notáveis do Antigo Testamento que é a crescente expectativa da chegada do Messias. Imediatamente após a queda, logo que Adão e Eva pecaram, Deus anunciou sua intenção de salvar os pecadores, e faria isso através de um descendente da mesma pessoa pela qual o pecado havia entrado no mundo. A partir de então, a promessa de Deus sobre o Messias vai se tornando cada vez mais rica e variada. Por exemplo, ele seria um profeta como Moisés, um sacerdote como Melquisedeque e um rei como Davi.



Farei de você um grande povo, e o abençoarei [...] e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados. (Gênesis 12.3-3)

Abraão é um dos personagens mais importantes do Antigo Testamento. Ele foi o primeiro dos três grandes patriarcas do povo da aliança de Javé. Além de prometer a Abraão uma terra e uma descendência, Deus prometeu abençoá-lo de forma mais ampla, fazer dele uma benção, e através dele (isto é, de seu descendente, o Messias) abençoar todas as famílias da terra.

Não é exagero afirmar que o restante do Antigo Testamento, e na verdade, o restante da história humana, tem sido um cumprimento dessas promessas. Considere o argumento de Paulo. Quando Deus fez suas promessas a Abraão “e a sua descendência” (nos singular), ele usou uma palavra com sentido coletivo, referindo-se assim a Cristo e a tosos que estão unidos a Ele pela fé, pois, se pertencemos a Ele, então somos descendentes de Abraão (Gl 3.16,29).

O Apóstolo então contrasta as palavras maldição e benção, ou mais especificamente “a maldição da lei” e a “benção de Abraão”. “Cristo nos redimiu”, ele escreve, “da maldição da lei (ou seja, do juízo a que estávamos sujeitos pela desobediência à lei) quando se tornou maldição em nosso lugar [...] para que em Cristo Jesus a bênção de Abraão chegasse também aos gentios (Gal 3 13-14). Ele tomou sobre si a maldição para que pudéssemos herdar a bênção.

A promessa de Deus de abençoar o mundo através da descendência de Abraão é o fundamento para a obra missionária cristã. Devemos continuar a compartilhar o evangelho com judeus e gentios até que o número incontável de remidos de todas as nações e línguas seja tão numeroso quanto as estrelas do céu ou a areia do mar. Somente assim a promessa de Deus a Abraão se cumprirá.

Para saber mais: Gálatas 3.6-25     


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