"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: Buscai sempre a Sua face."

Agostinho de Hipona



segunda-feira, 7 de junho de 2010

A oração do Deus filho ao Deus pai

Referência: João 17.1-26
INTRODUÇÃO
Esta é a oração mais magnífica feita aqui na terra e registrada em todas as Escrituras. Que privilégio enorme ouvir Deus, o Filho conversar com Deus, o Pai. Aqui entramos no santos dos santos. Aqui nos curvamos para auscultar os mais profundos desejos do Filho de Deus antes de caminhar para a cruz.

1.A circunstância desta oração
Jesus acabara de pregar um sermão falando do Pai aos discípulos. Agora, ele fala dos discípulos para o Pai. No ministério de Cristo, pregação e oração sempre andaram juntos. Aqueles que pregam devem também orar. Aqueles que falam de Deus para os homens, devem falar dos homens para Deus. Somente têm poder para falar aos homens aqueles que têm intimidade com Deus.

Esta oração deixa claro que Jesus foi e é o Vencedor. Ele termina o capítulo 16 encorajando seus discípulos, dizendo-lhes: “Tende bom ânimo; eu venci o mundo”.

2.O conteúdo desta oração
Jesus fez três súplicas distintas nesta oração:
a)Ele orou por si mesmo e diz ao Pai que concluiu sua obra aqui na terra (17.1-5);
b)Ele orou por seus discípulos, pedindo ao Pai que os guarde e santifique (17.6-19);
c)Ele orou por sua igreja, para que possamos ser unidos nele e para que, um dia, participemos de sua glória (17.20-26).

3.O contexto imediato desta oração
Jesus estava no prelúdio do seu sofrimento. Ele estava no cenáculo com seus discípulos. Ele já havia instituído a ceia e partido o pão. Ele já havia alertado que Judas o trairia e que os demais se dispersariam. Ele já estava mergulhando nas sombras daquela noite fatídica, onde seria preso e condenado à morte.

4.A ênfase desta oração
William McDonald, citando Marcus Rainsford fala sobre a ênfase da oração de Jesus. Jesus não disse nenhuma palavra contra seus discípulos nem fez qualquer referência à queda ou fracasso deles. Jesus foca sua oração no eterno propósito do Pai na vida dos seus discípulos e na sua relação com eles. Todas as petições de Jesus nesta oração são por bênçãos espirituais e celestiais. O Senhor não pede riquezas e honra, nem mesmo influência política no mundo para seus discípulos. O pedido de Jesus concentra-se em pedir ao Pai que os guarde do mal, que os separe do mundo, os qualifique para a missão e os traga salvos para o céu. A prosperidade da alma é a melhor prosperidade.

Podemos sintetizar a petição de Jesus em quatro áreas: salvação, segurança, santidade e unidade.

I. SALVAÇÃO (17.1-5)
1. O instrumento da salvação: A cruz de Cristo – v. 1
a)A hora tinha chegado – O nascimento, a vida e a morte de Cristo não foram acidentes, mas uma agenda traçada na eternidade. Muitas vezes Cristo disse que sua hora não tinha chegado, mas agora, a hora tinha chegado de Cristo ir para a cruz e ele vai não como um derrotado, mas como um rei caminha para o trono. É na cruz que ele cumpre o plano da redenção. É na cruz que ele esmaga a cabeça da serpente. É na cruz que ele despoja os principados e potestades. É na cruz que ele revela ao mundo o imenso amor de Deus.

b)A cruz é o instrumento de glória para o Pai – A prioridade de Jesus era a glória de Deus e sua crucificação trouxe glória ao Pai. Ela glorificou sua sabedoria, sua fidelidade, santidade e amor. Ela mostrou sua sabedoria em providenciar um plano onde ele pôde ser justo e o justificador do pecador. A cruz mostrou sua fidelidade em guardar suas promessas e sua santidade em requer o cumprimento das demandas da lei. Jesus glorificou o Pai em seus milagres (Jo 2.11; 11.40), mas o Pai foi ainda mais glorificado por meio dos sofrimentos e da morte do Filho (Jo 12.23-25; 12.31,32).

c)A cruz é o instrumento de glória para o Filho – A cruz glorificou sua compaixão, sua paciência e seu poder, em dar sua vida por nós, dispondo-se a sofrer por nós, a se fazer pecado por nós, a se fazer maldição por nós para comprar-nos com seu sangue. Cristo não foi para a cruz como uma vítima arrastada ao altar do holocausto. Ele disse: “Ninguém tira a minha vida, pelo contrário, eu espontaneamente a dou”. Paulo disse: “Cristo me amou e a si mesmo se entregou por mim”.

2. A essência da salvação – v. 2,3
a)Jesus recebeu autoridade para dar a vida eterna (v. 2) – A vida eterna é uma dádiva do Pai oferecida pelo Filho. Todo aquele que nele crê tem a vida eterna. Quem nele crê não entra em juízo, mas passou da morte para a vida. Não há vida eterna fora de Jesus Cristo. Só ele pode nos conduzir a Deus. Só ele é o caminho para Deus. Só ele pode nos reconciliar com Deus. Só ele é a porta do céu.

b)Conhecer o Pai, o único Deus (v. 3) – A vida eterna é mais do que um tempo interminável nos recônditos da eternidade. A vida eterna não é quantidade, mas qualidade. A vida eterna é um relacionamento íntimo e profundo com Deus, num deleite inefável do seu amor para todo o sempre. Não é apenas conhecimento teórico, mas relacionamento íntimo. A vida eterna é experimentar o esplendor, o gozo, a paz, e a santidade que caracteriza a vida de Deus.

c)Conhecer a Jesus, o enviado de Deus (v. 3) – A vida eterna é conhecer a Deus por meio de Jesus. Ele é o mediador que veio nos reconciliar com o Pai. Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo (2Co 5.18). A vida eterna não é um prêmio das obras, mas uma comunhão profunda com Jesus por toda a eternidade.

3. A consumação da salvação – v. 4
a)A salvação é uma obra consumada – A salvação não é um caminho que abrimos da terra para o céu. A salvação foi uma obra que o Pai confiou ao Filho e ele veio e a terminou. Temos a salvação pela completa obediência de Jesus e pelo seu sacrifício vicário. Na cruz ele bradou: “Está consumado”. Não resta mais nada a fazer. Ele já fez tudo. Esta expressão significa três coisas: 1) Quando um pai dava uma missão ao filho e este a cumpria, dizia para o pai: “Tetélestai”; 2) Quando se pagava uma nota promissória: batia-se o carimbo: “Tetélestai”; 3) Quando se recebia a escritura de um terreno, escrevia-se na escritura: “Tetélestai”.

4.A recompensa da salvação – v. 5
a)Jesus pede para reassumir a mesma glória que tinha antes da encarnação – Cristo veio do céu, onde desfrutou de glória inefável com o Pai desde toda a eternidade. Abriu mão de sua majestade e se esvaziou e se humilhou a ponto de ser chamado apenas do Filho do carpinteiro. Mas, agora, volta para o céu e retoma seu posto de glória, de honra e de majestade.

b)Jesus pede para que sua igreja veja a mesma glória que ele terá no céu – v. 24 – Vamos compartilhar da glória de Cristo. Estaremos com ele, reinaremos com ele e o veremos face a face (1Jo 3.2). Não apenas estaremos no céu, mas estaremos em tronos. Reinaremos com ele por toda a eternidade.

II. SEGURANÇA (17.6-14)
1. A nossa segurança está fundamentada na eleição do Pai – v. 2,6,8,9,11,12,24
Sete vezes Jesus afirmou que os discípulos lhe foram dados pelo Pai. Não apenas Jesus é o presente de Deus para a igreja; a igreja é o presente do Pai para Jesus. Não fomos nós que encontramos a Deus, foi ele quem nos encontrou. Não fomos nós que o amamos a Deus, foi ele quem nos amou primeiro. Não fomos nós que escolhemos a Deus, foi ele quem nos escolheu. Nós fomos nós que viemos a Cristo, foi o Pai que nos trouxe a ele.

A segurança da nossa salvação não está fundamentada no nosso caráter, mas no caráter de Deus e na obra perfeita de Cristo. É ele quem nos guarda. É ele quem nos livra. É ele quem nos salva, nos conduz e nos leva para o céu.

João 6.37-40 nos fala que aqueles que o Pai dá a Jesus, esses vêm a Jesus e os que vêm a ele, de maneira ele os lançará fora.

2. A nossa segurança está baseada no cuidado de Cristo – v. 12
Jesus é o bom pastor que deu sua vida pelas ovelhas. Ele cuida da suas ovelhas e as conduz ao céu. Jesus guardou e protegeu seus discípulos e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição. Por que Jesus não guardou a Judas? Pelo simples motivo de que Judas nunca pertenceu a Cristo. Jesus guardou fielmente todos os que o Pai lhe deu, mas Judas nunca lhe foi dado pelo Pai. Judas não cria em Jesus Cristo (Jo 6.64-71); não havia sido purificado (Jo 13.11); não estava entre os escolhidos (Jo 13.18); não havia sido entregue a Cristo (Jo 18.8,9). Judas não é, de maneira alguma, um exemplo de cristão que “perdeu a salvação”. Antes, exemplifica um incrédulo que fingiu ser salvo e que, no final, foi desmascarado.

Se Jesus pôde guardar e proteger seus discípulos em seu corpo de humilhação, quando mais em seu corpo de glória. Se ele pôde guardar seus discípulos enquanto viveu na terra, quanto mais ele pode nos guardar entronizado à destra do Pai em seu trono de glória!

3. A nossa segurança está baseada na intercessão de Cristo – v. 9,11,15,20
Cristo orou pelos seus discípulos. Nas suas diversas dificuldades, Jesus intercedeu por eles. Ele orou por quando estavam passando por tempestades (Mt 14.22-33). Ele orou por Pedro quando este estava sendo peneirado pelo diabo. Agora ele ora por eles antes de ir para o Getsêmani.

Jesus fez dois pedidos fundamentais em relação aos discípulos:

1) Que eles fossem guardados do mundo (v. 14) – O mundo é um sistema que se opõe a Deus. O mundo odeia os discípulos. Eles precisam ser guardados de serem tragados pelo mundo. Demas tendo amado o mundo abandonou a fé.

2) Que eles fossem guardados do maligno (v. 15) – O mal aqui seria melhor traduzido por “maligno” como na oração do Senhor. O maligno é um inimigo real. Ele entrou em Judas e o levou pelo caminho da morte. Paulo diz que ele cega o entendimento dos incrédulos. Paulo diz que devemos ficar firmes contra as ciladas do diabo (Ef 6.11). E Pedro diz que o diabo anda ao nosso redor buscando a quem possa devorar (1Pe 5.8). Paulo diz que nós não lhe ignoramos os desígnios (2Co 2.11).

A Bíblia diz que Jesus está à destra de Deus e intercede por nós (Rm 8.34). E que podemos ter segurança de salvação, porque ele vive para interceder por nós no céu (Hb 7.25).

III. SANTIDADE (17.15-20)
A nossa entrada no céu será inteiramente pela graça e não pelas obras; mas o céu em si mesmo não seria céu para nós sem um caráter sem santidade. Nossos corações devem estar sintonizados no céu antes de nos deleitarmos nele. Somente o sangue de Cristo pode nos capacitar a entrar no céu, mas somente a santidade pode nos capacitar a regozijarmo-nos nele.

1. Somos santificados pela Palavra – v. 8,14,17
Cristo nos transmitiu a Palavra (v. 8) e nos deu a Palavra (v. 14). A Palavra de Deus é a dádiva de Deus para nós. A Palavra é de origem divina, é uma dádiva preciosa do céu. Agora, somos santificados pela Palavra (v. 17). A Palavra é a verdade e não apenas contém a Palavra (v. 17). A Palavra é o instrumento da nossa santificação (v. 17). Sem o conhecimento da Palavra não há crescimento espiritual. Dwight Moody escreveu na capa de sua Bíblia: “Este livro afastará você do pecado ou o pecado afastará você deste livro”. Jesus disse: “Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado” (Jo 15.3).

A Palavra é a arma da vitória. Ela é a espada do Espírito. De que maneira a Palavra de Deus nos permite vencer o mundo?
Em primeiro lugar, ela nos dá alegria (17.13). A alegria do Senhor é a nossa força (Ne 8.10).
Em segundo lugar, ela nos dá a certeza do amor de Deus (17.14). O mundo nos odeia, mas o Pai nos ama. O mundo deseja tomar o lugar do amor do Pai em nossa vida (1Jo 2.15-17).
Em terceiro lugar, ela nos transmite o poder de Deus para vivermos em santidade (17.15-17).
Em quarto lugar, ela é o instrumento pelo qual Deus chama as pessoas à salvação (17.20). A igreja não cria a mensagem, ela a anuncia. Deus salva por meio da Palavra. Não é o conhecimento da igreja, não é a eloqüência do pregador nem os métodos que usamos, mas o poder da Palavra de Deus que leva o homem a Cristo.

Hoje somos chamados a geração coca-cola, a geração Internet, a geração shopping center e também a geração analfabeta da Bíblia. Quero desafiar esta igreja a ser estudiosa das Escrituras. Quero desafiar os jovens a serem estudiosos das Escrituras.

2. Somos santificados pelo correto relacionamento com o mundo
a)Não somos do mundo (v. 14,16) – Não somos do mundo. Nascemos de cima, do alto, do Espírito. Nossa origem é do alto. Devemos buscar as coisas lá do alto. Jesus disse: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia” (Jo 15.18,19).

b)Somos odiados pelo mundo (v. 14) – O mundo nos odeia porque pertencemos a Cristo. A Bíblia diz que quem se faz amigo do mundo, constitui-se em inimigo de Deus (Tg 4.4). Diz ainda que quem ama o mundo, o amor do Pai não está nele (1Jo 2.14-16). O apóstolo Paulo diz que não podemos nos conformar com este mundo (Rm 12.2).

c)Somos chamados do mundo (v. 19) – Jesus se separou para salvar os discípulos e agora devemos nos santificar para ele. A palavra santificar é separar. Essa separação não é geográfica, mas moral e espiritual.

d)Estamos no mundo, mas somos guardados do mundo (v. 11, 15) – A santidade não é isolamento. A santidade não tem a ver com a geografia e o espaço. Não é guetificar-se entre quatro paredes. Não perder o contato com as pessoas. Precisamos estar presentes no mundo como sal e luz. Precisamos influenciar, pois o somos o perfume de Cristo. Precisamos estar presentes, pois, somos a carta de Cristo lida por todos os homens. Porém, estamos no mundo como luzeiros. Estamos no mundo para apontar o rumo para Deus. O objetivo do cristianismo jamais foi de apartar o homem da vida, mas equipá-lo para enfrentá-la vitoriosamente. O cristianismo não nos oferece escapes, mas poder para o enfrentamento. Oferece não uma paz fácil, mas uma luta triunfante.

e)Somos enviados de volta ao mundo (v. 18) – Jesus nos deu uma missão e uma estratégia. Devemos ir ao mundo como Cristo veio ao mundo. Ele se tabernaculou. Ele se fez carne. Ele foi amigo dos pecadores. Ele recebeu os escorraçados. Ele abraçou os inabraçáveis. Ele tocou os leprosos. Ele se hospedou com publicanos. Sua santidade não o isolou, mas atraiu os pecadores para serem salvos.

IV. UNIDADE (17.21-26)
Quão doloroso tem sido o fato de que divisões, contendas e desavenças na igreja têm provocado escândalos diante do mundo e enfraquecido a igreja de Cristo. Não raro, muitos cristãos têm empregado suas energias contendendo uns contra os outros, em vez de lutar contra o pecado e o diabo.

A unidade de que Jesus está falando não é externa. Não é unidade de organização nem unidade denominacional. Também Jesus não está falando de ecumenismo. A idéia de unir todas as religiões, afirmando que doutrina divide, mas o amor une é uma falácia. Não há unidade fora da verdade (Ef 4.1-6).

A unidade da igreja é: sobrenatural, tangível e evangelizadora.

Os discípulos mostraram um espírito de egoísmo, competitividade e desunião. Thomas Brooks, escreveu: “A discórdia e a divisão não condizem com cristão algum. Não causa espanto os lobos importunarem as ovelhas, mas uma ovelha afligir outra é contrário à natureza e abominável”.

Quais são as razões para a igreja buscar a unidade?

1. Porque Jesus pediu isso ao Pai – v. 11,20,21,22
Jesus só tem uma igreja, um rebanho, uma noiva. A unidade da igreja é o desejo expresso de Jesus, o alvo da sua oração, a expressa vontade do Pai.

2. Por causa da nossa origem espiritual – v. 21
Se nós somos filhos de Deus e membros da sua família não podemos viver em desunião. Não há desarmonia entre o Pai e o Filho. Nunca houve tensão nem conflito entre a vontade do Pai e do Filho. Se nós nascemos de Deus, se nós nascemos do Espírito, se nós somos co-participantes da natureza divina. Se Jesus é o nosso Senhor, então, não podemos viver brigando uns com os outros. Não estamos disputando uns com os outros. Somos irmãos, filhos do mesmo Pai. Nossa origem espiritual nos compele imperativamente a buscar a unidade e não a desunião (Fp 2.1,2).

3. Por causa da nossa missão no mundo – v. 21,23
O mundo perdido não é capaz de ver Deus, mas pode ver os cristãos. Se enxergar amor e harmonia, crerá que Deus é amor. Se enxergar ódio e divisão, rejeitará a mensagem do evangelho. As igrejas que competem entre si não podem evangelizar o mundo. A unidade da igreja é a apologética final segundo Francis Schaeffer. O maior testemunho da igreja é a comunhão entre seus irmãos, é o amor que com se amam. Jesus disse que a prova definitiva do discipulado é o amor (Jo 13.34,3).

Não há evangelização eficaz sem a unidade da igreja. Não temos autoridade para pregar ao mundo para se arrepender ser estamos travando batalhas internas dentro da igreja. Alguns cristãos em lugar de serem testemunhas fiéis são advogados de acusação e juízes e, com isso, afastam os pecadores do Salvador.

Jesus falou sobre três níveis do amor: o amor ao próximo, o amor sacrificial e o amor da trindade. É esse amor trinitariano que ele pede que haja entre os crentes. Ilustração: o purê de batatas.

4. Por causa do nosso destino eterno – v. 24-26
Jesus pede ao Pai para que seus discípulos vejam sua glória e estejam no céu com ele. Se vamos estar no céu, se vamos morar juntos por toda a eternidade, como podemos afirmar que não podemos conviver uns com os outros aqui? Precisamos aprender a viver como família de Deus desde já, pois vamos passar juntos toda a eternidade.

Esta parte da oração é cheia de doçura e conforto indizível. Nós não vemos a Cristo agora. Nós lemos sobre ele, ouvimos dele, cremos nele, e descansamos nossa alma em sua obra consumada. Mas, aqui ainda andamos por fé e não por vista. Porém, em breve, estaremos no céu com Jesus, e então, essa situação vai mudar. Então, veremos a Cristo face a face. Então, vê-lo-emos como ele é. Então conheceremos como também somos conhecidos. Se já temos gozo indizível andando pela fé, quanto mais quando estivermos na glória com ele, num corpo glorificado, junto àquela gloriosa assembléia de santos. Paulo diz, “e assim estaremos para sempre com o Senhor”. E recomenda: “Consolai-vos uns aos outros com essas palavras”.

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