Por Maurício Jordão
Texto base: Números 25: 1-18
Os
Filhos de Israel, segundo as ordenanças de Deus, comeriam do melhor da terra que
lhes fora prometida, desde que O obedecessem. Uma das advertências era a de que
quando da incursão à terra prometida, o povo de Deus não se envolvesse com as filhas
daqueles povos, com o fim de que não pecassem e se prostituíssem adorando os
seus deuses. O falso profeta Baal, depois de não conseguir seu intento no
episódio em que foi literalmente contratado pelos moabitas a profetizar contra
o povo de Deus como o fim de que perdessem uma batalha (Num. 22; 23 e 24),
observou que esse era o caminho para que a ira de Deus se acendesse contra o
Seu povo.
As mulheres moabitas, incitaram o povo a se inclinar a seus deuses.
Deus então se irou contra o povo por meio de uma praga e ordenou a Moisés que
os cabeças das tribos de Israel tomassem os insurgentes, sendo provavelmente
seus próprios parentes, e os enforcassem. Contudo, eles amaram mais aos seus do
que a Deus e o povo continuou a pecar contra Deus.
A narrativa bíblica conta
que Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, transpassou com sua
lança um casal composto de um israelita cujo nome era Zinri e de uma midianita
cujo nome era Cosbi que cometia torpeza diante dos olhos dos filhos de Israel,
cessando assim a ira de Deus.
Jesus Cristo disse que devemos amar mais a Deus
do que nossos pais, filhos e cônjuges. Muitas vezes compactuamos com práticas
ilícitas que destoam do caminho que Deus preparou para nós, seja por amor aos nossos, seja para sermos aceitos. Não podemos tomar o arado e olharmos para
trás. Não devemos tomar a forma deste mundo tenebroso, relativizado, sem o
devido temor de Deus na Sua verdade. Somos advertidos a sermos brandos,
esgotarmos as possibilidades com amabilidade e paciência. Enquanto depender de
nós, devemos ter paz uns com os outros, perdoar-nos uns aos outros no temor do Senhor.
Contudo, há situações em que a firmeza e a rigidez são necessárias, tanto
no trato com o nosso próximo quanto na firmeza de atos e atitudes no que se
refere a nossa esperança e nossa convicção dentro do que preconiza a nossa
regra única, infalível, inerrante e imutável de fé e prática que é a Palavra de
Deus, e Jesus Cristo que é o modelo a ser seguido como estilo de vida em amor e
perseverança.
As pessoas estão cansadas de ouvir aquilo que não vêm. Não
vivemos aquilo que pregamos. Faz-se necessário um comprometimento vivo da
Igreja no que se refere ao seu chamado. Pois, nossa batalha sem fim, se dá
contra hortas do mal, invisíveis, astutas, perspicazes e traiçoeiras. Não lutamos contra nossos iguais. E para
vencermos esta batalha, é necessário que nos utilizemos de todos os artefatos que compõem a armadura de Deus. Não com armas carnais, mas espirituais no
poder de Deus.
Que tenhamos a mesma atitude obediente de Finéias, que não se
deixou levar pelas circunstâncias adversas e tão somente agiu em obediência a
Deus desviando assim Sua ira. Por isso, disse Deus a Moises: “Finéias, filho de
Eliazar, filho de Arão, o sacerdote, desviou a minha ira de sobre os filhos de
Israel, pois zelou o meu zelo no meio deles; de modo que no meu zelo não
consumi os filhos de Israel” (v. 11). Que Deus nos conceda toda Sua misericórdia!
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