"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: Buscai sempre a Sua face."

Agostinho de Hipona



sexta-feira, 4 de março de 2011

Série Oração do Pai-Nosso - Interesse pela glória de Deus (3ª)

Publicaremos mais uma série de 7 postagens de autoria do Pastor John Stott sobre A ORAÇÃO DO PAI-NOSSO contidas no Devocionário “A BÍBLIA TODA O ANO TODO”, Editora Ultimato.

No ensino de Jesus sobre a oração, conforme registrado em Mateus 6.7-15,  Ele enfatiza que a hipocrisia não é o único pecado a ser evitado na oração. Há outro, que são as “vãs repetições” (v.7, ARA), ou expressões sem sentido e mecânicas. O primeiro é a tolice do fariseu; o segundoi é do gentio, ou pagão. A hipocrisia é uma deturpação do propósito da oração (desviando-a da glória de Deus para a glória do eu); a verborragia é uma deturpação da própria natureza da oração (tornando-a, de uma abordagem real e pessoal a Deus, em um mero recitar de palavras). Jesus então contrtasta o modo pagão de eloquência sem sentido com o modo cristão da comunhão significativa com Deus, e ilustra isso por meio da beleza e do equilíbrio da oração do Pai-Nosso.




“Pai nosso, que estais nos céus! Santificado seja o Teu nome. Venha o Teu Reino; seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu.” Mateus 6.9-10

A oração do Pai Nosso contém seis petições. As três primeiras dizem respeito à glória de Deus (Seu nome, Seu Reino e Sua vontade). Já o segundo trio de pedidos se refere a nós e às nossas necessitades (o pão de cada dia, o perdão e o livramento). Uma prioridade semelhante é reconhecida nos Dez Mandamentos, quando os cinco primeiros lidam com a nossa obrigação para com Deus, e os outros cinco, com a nossa obrigação para com o próximo.

Hoje iremos concentrar nossa atenção na glória de Deus em relação ao Seu nome, Seu Reino e Sua vontade. Um nome representa a pessoa que o tem, sua natureza, caráter e atividade. Sendo assim, o “nome” de Deus é o próprio Deus, uma vez que revela a si mesmo. Seu nome já é santo por se exaltado acima de todo nome. No entanto, oramos para que Ele seja santificado, ou seja, que receba a honra que lhe é devida em nosssas vidas, na igreja e no mundo.

O Reino de Deus é o Seu domínio real, não somente em Sua absoluta soberania sobre a natureza e a história, mas também ao ter entrado no mundo com Jesus. Orar pela vinda do Reino é orar para que ele cresça à medida que as pessoas se submetem a Jesus através do testemunho da igreja, e para que ele seja consumado quando Jesus retormar em glória.

 A vontade de Deus é a vontade dAquele que é perfeito em conhecimento, amor e poder. Por isso é tolice resistir a ela. E é sabedoria discerní-la, desejá-la e cumprí-la. Precisamos orar, portanto, para que a vontade de Deus seja feita na terra assim como no céu.      

É relativamente fácil repetir as palavras do Pai Nosso como um papagaio, ou como um “tagarela” pagão. Orá-las com sinceridade, contudo, tem implicações revolucionárias. Nosssa prioridade se torna não mais a promoção do nosso insignificante nome, reino e vontade, mas do de Deus. Conseguirmos orar essas petições com integridade será um teste de busca da realidade e da profundidade de nossa profissão cristã.

Para saber mais: Efésios 1.3-14

Nenhum comentário:

Postar um comentário