Publicaremos uma série de postagens de autoria do Pastor John Stott intituladas IMAGENS DO MESSIAS, abordando uma das características mais notáveis do Antigo Testamento que é a crescente expectativa da chegada do Messias. Imediatamente após a queda, logo que Adão e Eva pecaram, Deus anunciou sua intenção de salvar os pecadores, e faria isso através de um descendente da mesma pessoa pela qual o pecado havia entrado no mundo. A partir de então, a promessa de Deus sobre o Messias vai se tornando cada vez mais rica e variada. Por exemplo, ele seria um profeta como Moisés, um sacerdote como Melquisedeque e um rei como Davi.
“Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.” (Salmo 110.4)
Melquisedeque é sem dúvida um dos personagens mais misteriosos das escrituras. Ele é mencionado apenas em três passagens, e todas as vezes identificado apenas como sacerdote. Ele aparece primeiro na narrativa do Gênesis, onde encontra Abraão retornando de sua campanha para resgatar Ló (Gn 14.12, 18-20). Depois ele é mencionado no Salmo 110.4, quando Javé se refere ao seu rei com as seguintes palavras: “Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”. Por último, essas duas passagens são citadas pelo autor da carta aos hebreus e aplicadas a Jesus.
Jesus, o Messias é um sacerdote, apesar de não ser um sacerdote levítico, pois não pertence à linhagem de Levi. Na verdade, o sacerdócio de Jesus não só é diferente do sacerdócio levítico, mas superior a ele. Ele é semelhante ao sacerdócio de Melquisedeque. Essa superioridade se evidencia quando Melquisedeque abençoa Abraão (ancestral de Levi) e recebe dele o dízimo do espólio. Estes dois gestos revelam uma posição de superioridade.
Então o sacerdócio de Jesus é superior ao de Levi? Sim, por vários motivos, mas especialmente porque Ele é sacerdote “para sempre”. Os sacerdotes levíticos eram seres humanos, portanto, mortais, assim “a morte os impedia de continuar em seu ofício” (Hb 7.23) e eles tinham de ser continuamente substituídos. Jesus, porém, “visto que vive para sempre, tem um sacerdócio permanente” (Hb 7.24). Isso não significa que o seu sacrifício deve ser repetido ou prolongado. Ele é permanente porque sua eficácia é eterna. Depois de ter concluído seu sacrifício na cruz pelos nossos pecados, Ele se assentou à direita do Pai – Sua obra redentora tinha sido consumada (Hb 10.11-14). A certeza do perdão vem do descanso e da alegria pela obra consumada por Cristo na cruz.
Para saber mais: Hebreus 10 11-22.
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