Publicaremos uma série de postagens de autoria do Pastor John Stott intituladas IMAGENS DO MESSIAS constantes do Devocionário "A Bíblia Toda o Ano Todo" Meditações Diárias de Gênesis a Apocalipse, abordando uma das características mais notáveis do Antigo Testamento que é a crescente expectativa da chegada do Messias. Imediatamente após a queda, logo que Adão e Eva pecaram, Deus anunciou sua intenção de salvar os pecadores, e faria isso através de um descendente da mesma pessoa pela qual o pecado havia entrado no mundo. A partir de então, a promessa de Deus sobre o Messias vai se tornando cada vez mais rica e variada. Por exemplo, Ele seria um profeta como Moisés, um sacerdote como Melquisedeque e um rei como Davi.
“Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.” (Gênesis 3.15)
Embora essa mistura de advertência e promessa, hostilidade e vitória pareça um pouco confusa, podemos extrair dela algumas verdades. A primeira é que Deus estabeleceu uma inimizade recíproca entre a raça humana (a descendência de Eva) e os principados e poderes do mal (os descendentes da serpente). Nunca poderemos chegar a um acordo com o mal.
A segunda é que embora esta hostilidade seja contínua, ela não será eterna. Assim, não se trata de um caso de “dualismo”, pois irá culminar no confronto final entre Cristo e o Anticristo.
Por fim, embora esta inimizade seja recíproca, as conseqüências não são, pois a cabeça do inimigo será esmagada, ou seja, destruída pelo homem Cristo Jesus. Ao mesmo tempo, o vencedor não sairá completamente ileso, pois será ferido no calcanhar.
A promessa de que um dos descendentes de Eva iria esmagar a cabeça da serpente é corretamente chamada de proto-evangelho, ou seja, trata-se da primeira proclamação do evangelho. Essa promessa certamente foi cumprida na cruz, pois foi ali que o demônio foi desarmado e derrotado à custa do sofrimento do Messias. Agora todas as coisas estão debaixo de seus pés (Ef 1.22), e podemos confiar (como Paulo escreveu) que “o Deus da paz esmagará satanás debaixo dos pés de vocês” (Rm 16.20). Talvez pareça estranha esta referência ao “Deus da Paz” diante de uma situação de conflito, já que desfrutar da paz e pisar a cabeça de satanás são atitudes aparentemente incompatíveis. O Deus da paz, no entanto, não dá trégua ao demônio. Na verdade, a verdadeira paz só pode ser alcançada com a destruição do mal.
Para saber mais: Efésios 1.15-23
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