Leitura Bíblica: Êxodo 3:1-15
“Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou a vocês”. (Ex. 3:14)
Apesar de ter então só catorze anos de idade, lembro-me bem quando meu pai contou o choque que teve com a pergunta “O que ele era do senhor?” quando foi cuidar do sepultamento de meu avô. Como assim “era”? Sim – vovô passara de “é” para “era”.
Somos finitos e mesmo aquilo que somos temporariamente não depende apenas de nós. Não podemos simplesmente ser porque somos, nem podemos garnatir que continuaremos sendo enquanto quisermos.
No texto de hoje, lemos a auto-apresentação Daquele que chamamos Deus. Ela envolve imensa profundidade: “Eu Sou o que Sou” diz claramente que é Ele o único ser autoexistente, que independe de qualquer outro ser ou coisa.
Ele é o absoluto, e tudo mais – quer seja físico ou espiritual – é relativo. É Nele que existimos e nos movemos. (At. 17:28)
Isto tem tudo a ver conosco, com o jeito como vivemos.
Ao compreender que o Deus da Bíblia não é apenas mais um deus, nem mesmo o maior deles, mas ninguém menos que o ser absoluto e soberano sobre o Universo e toda realidade espiritual, sento-me esmagado em minha insuficiência pra sequer dirigir-lhe a palavra.
Mas quando lembro que ele se importou conosco a ponto de fazer seu Filho Jesus reduzir-se à condição de homem e pagar em Si mesmo o preço para que não apenas pudéssemos falar com Deus, mas chamá-lo Pai, e libertar-nos da escravidão do pecado, com fizera no Egito, entendo o sentido da palavra “graça” e meus joelhos se dobram em gratidão.
Deixo então de percebê-lo como um “papai Noel” que preciso agradar para ganhar bênçãos, ou u deus manipulável a quem posso manobrar com superstições e práticas religiosas. Sujeitar-me a Ele e a Seus propósitos torna-se desejável, pois sei que só quer meu bem.
E as bênçãos? Ah, essas são bem-vindas, mas usufruídas em um contexto de dependência, gratidão e seguramente não mais como prioridade. - MHJ
A grandeza de Deus nos conduz à submissão e gratidão.
Pão Diário
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