"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: Buscai sempre a Sua face."

Agostinho de Hipona



terça-feira, 25 de dezembro de 2012

NA ESTREBARIA


Leitura Bíblica: Lucas 2:1-7

“Jesus, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz” (Filipenses 2:6-8).

Muita gente nasce em local impróprio. Mas por que Jesus teve de nascer numa estrebaria? Por que precisou ter por berço aquela manjedoura babada pelas vacas? Aquele ambiente cheirando a bode e outras coisas? A Bíblia responde com o versículo em destaque.

Mas insisto: Por que numa estrebaria?

Porque é lá que a humanidade vive – mesmo que parte dela viva na mais esplêndida riqueza, o ser humano vive nos chiqueiros da imoralidade, da degradação e da corrupção.

Sem Cristo, ricos ou pobres, instruídos ou ignorantes vivem no aviltamento moral, presos à hipocrisia, à falsidade e aos seus impulsos como a correntes infernais, caminhando para a morte. No entanto, Deus não se agrada da morte de ninguém e por isso apela: “Arrependam-se e vivam” (Ezequiel 18:32).

Jesus não veio oferecer remendos, e sim vida nova. “Se alguém está em Cristo, é nova criatura,” diz o apóstolo Paulo em II Coríntios 5:17. E diz mais: “Fomos sepultados com ele na sua morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova” (Romanos 6:5).

Jesus nasceu num estábulo para oferecer vida nova a cada um que vive no nível humano mais baixo. Ele oferece libertação da escravidão da decadência em que o ser humano se encontra, para que possa receber a gloriosa liberdade dos filhos de Deus (Romanos 8:21). Jesus veio para ser o caminho, a verdade e a vida para todos os aprisionados pelo pecado. Faça como o filho pródigo (Lucas 15), que no meio dos porcos reconheceu o seu pecado e voltou para uma vida nova na casa paterna. – HM


Ninguém desce tão baixo que não possa encontrar Jesus esperando por ele.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Natal, uma boa nova de grande alegria


O Natal é a celebração do nascimento de Jesus, o Filho de Deus. Muitos cristãos hesitam em comemorar o Natal e outros chegam mesmo a fazer oposição a essa comemoração, em virtude de não sabermos, com exatidão, a data precisa em que aconteceu esse fato auspicioso. Ainda outros desaconselham a celebração do Natal em virtude dos vários adendos acrescidos à festividade como presépio, árvore enfeitada e Papai Noel. Entendemos, que esses acréscimos não fazem parte do verdadeiro Natal e não devem distrair nossa atenção. Precisamos, portanto, resgatar o verdadeiro sentido do Natal e devolvê-lo a seu verdadeiro dono, Jesus Cristo, nosso Salvador.


A celebração do Natal é legítima, pois o primeiro Natal foi motivo de festa no céu e na terra, comemorado pelos anjos e pelos homens. A grande notícia anunciada pelo anjo do Senhor, aos pastores de Belém foi: "Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lc 2.10,11). Natal é a verdade bendita de que o Eterno entrou no tempo, Deus se fez homem e o Senhor dos senhores se fez servo. Natal é o cumprimento do plano da redenção, traçado nos refolhos da eternidade. Natal é a concretização da promessa do Pai e o cumprimento das profecias anunciadas pelos patriarcas e profetas. Natal é a consumação da esperança de Israel. Na plenitude dos tempos, o Cristo de Deus, nasceu de mulher, nasceu sob a lei, para nos redimir dos nossos pecados. 

Natal não é festa gastronômica. Natal não é o comércio guloso capitaneado pelo velho bojudo de barbas brancas. Natal não é troca de presentes nem ruas enfeitadas com cores policromáticas. Natal é a luz do céu invadindo a escuridão da terra. Natal é o Verbo eterno de Deus, se fazendo carne para habitar entre nós, cheio de graça e de verdade. Natal é o Deus que nem o céu dos céus pode contê-lo esvaziando-se, a ponto de nascer como um bebê numa pobre vila da Judéia. Natal é o criador e dono do universo despojando-se de sua glória para calçar as sandálias da humildade, fazendo-se pobre para tornar-nos ricos. Natal é a proclamação embalada nas asas da alegria, anunciando que Jesus é o Salvador do mundo, o Messias prometido, o Senhor do universo. 

Natal é a evidência mais eloquente do amor de Deus aos pecadores. Quando Deus criou o universo, fê-lo pela palavra do seu poder. Quando Deus criou o homem, colocou a mão no barro. Porém, quando Deus desceu para resgatar o homem entrou no barro, pois o Verbo se fez carne, vestiu pele humana e armou sua tenda entre nós. Natal é a consumação da maior dádiva de Deus ao homem. Deus amou o mundo e deu seu Filho Unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Deu-o não a quem merece, mas a pecadores indignos. Deu-o não para ser exaltado entre os homens, mas para ser cuspido por eles. Deu-o não para entrar na história como o Rei da glória, mas para carregar a cruz maldita, como servo sofredor. Deu-o não na última hora, mas desde a eternidade! 

Natal é a festa da salvação. É a celebração que nos remete ao plano eterno de Deus, quando a própria Trindade, no recôndito dos tempos eternos, decidiu nos amar e nos destinar para a salvação. Nesse projeto divino, o Pai envia o Filho e o Filho se submete ao Pai. Nesse decreto eterno, o Pai escolhe um povo e o dá como presente a seu Filho. O Filho deixa a glória que sempre teve com o Pai e desce para morrer em favor desse povo. O Espírito Santo, regenera e sela esse povo como propriedade exclusiva de Cristo. Agora, nós, povo de Deus, povo redimido, alcançado pela graça, devemos exaltar pelos séculos sem fim, o Cordeiro de Deus, por tão grande salvação. Que o Natal de Jesus seja celebrado por todos nós, com fervor efusivo, com alegria indizível e com entusiasmo sem igual!