"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: Buscai sempre a Sua face."

Agostinho de Hipona



sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Série O Sermão do Monte parte 5 - Práticas religiosas

Publicaremos mais uma série de 7 postagens de autoria do Pastor John Stott sobre O SERMÃO DO MONTE, contidas no Devocionário “A BÍBLIA TODA O ANO TODO”, Editora Ultimato. Abordando sua essência, o autor alega que apesar do fato de algumas pessoas dizerem viver segundo o Sermão do Monte, é possível que elas nunca o tenham lido. Porém a reação mais comum oposta – são muitos os que falam que o Sermão do Monte é um belo ideal, mas totalmente inaplicável, sendo inalcançável. Tolstoi, em certo sentido, combinou essas reações. Por um lado, ansiava por ver o sermão do monte praticado, enquanto, por outro, reconhecia seus fracassos pessoais.

Na sua essência, o Sermão do Monte (que, provavelmente, tenha sido mais um tipo de curso de verão estendido do que uma simples pregação) foi o apelo de Cristo aos seus seguidores para serem diferentes de todos os demais. ”Não sejam iguais a eles”, disse Ele (MT 6.8). O Reino que Ele proclamou deve ser uma contracultura, exibindo todo um conjunto de valores e padrões distintos. Desse modo, Ele fala de justiça, influência, piedade, confiança e ambição, e conclui com um desafio radical para que se escolha o caminho dele.


“Tenham o cuidado de não praticar suas “obras de justiça” diante dos outros para serem vistos por eles.” (Mateus 6.1)

Jesus evidentemente presumiu que seus discípulos se engajariam nas práticas comuns da doação, da oração e do jejum, pois esse trio de obrigações religiosas expressa nossa obrigação para com Deus (oração), os outros (doação) e conosco (jejum). Os três parágrafos no início do capítulo 6 de Mateus seguem um padrão idêntico. Por meio de uma ilustração vívida e espirituosa, Jesus pinta m quadro de hipócritas que praticam sua piedade diante dos homens a fim de serem aplaudidos por eles. Se você fizer isso, diz Ele, terá recebido sua recompensa por completo, a saber, o aplauso que tanto deseja. Ao contrário, pratique sua piedade em segredo, pois assim se Pai celestial que vê em secreto irálhe recompensar. 

O primeiro exemplo de Jesus é a doação. Ele retrata um fariseu pomposo a caminho de fazer sua doação. Diante dele marcham os tocadores de trombeta, conduzindo uma fanfarra, ansioso por juntar uma platéia, pois o hipócrita é um ator envolvido em uma apresentação teatral. Ao contrário, não deixe que sua mão esquerda saiba aquilo que a direita está fazendo. Ou seja, não devemos nem sequer estar constrangidos a ofertar, ponderando sobre a doação com espírito de vanglória.

O segundo exemplo de Jesus é a oração. Não devemos fazer alarde de nossos hábitos de oração, mas devemos entrar em nosso quarto, fechar a porta e orar ao nosso Pai em secreto. Nada destrói mais a oração que olhares de soslaio para espectadores humanos, do mesmo modo que nada a enriquece mais que um sentimento de que Deus está ouvindo. Nosso Pai nos recompensará – não com alguma recompensa inadequada, mas com aquilo que mais desejamos, a saber, o acessa à Sua presença.

O terceiro exemplo de Jesus é o jejum, que Ele desencorajou em Seus discípulos. A Bíblia sugere que o jejum não dever ser uma prática isolada, mas deve estar associada ao arrependimento, à autodisciplina, à preocupação com os famintos, e a tempos específicos de oração para necessidades especiais. Quando jejuamos, não devemos aparentar tristeza ou desfigurarmos nossos rostos, mas aparentarmos normalidade, de modo que ninguém suspeite que estejamos jejuando.  

O contraste é gritante. A piedade farisaica é ostentadora, motivada pela vaidade e recompensa pelos homens; a piedade cristã é secreta, motivada pela humildade e recompensada por Deus.

Para saber mais: Mateus 6.1-18


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O Sermão do Monteparte 4 - As seis antíteses

Publicaremos mais uma série de 7 postagens de autoria do Pastor John Stott sobre O SERMÃO DO MONTE, contidas no Devocionário “A BÍBLIA TODA O ANO TODO”, Editora Ultimato. Abordando sua essência, o autor alega que apesar do fato de algumas pessoas dizerem viver segundo o Sermão do Monte, é possível que elas nunca o tenham lido. Porém a reação mais comum oposta – são muitos os que falam que o Sermão do Monte é um belo ideal, mas totalmente inaplicável, sendo inalcançável. Tolstoi, em certo sentido, combinou essas reações. Por um lado, ansiava por ver o sermão do monte praticado, enquanto, por outro, reconhecia seus fracassos pessoais.“Vocês ouviram o que foi dito: “Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo”. Mas Eu lhes digo: Amem os seus inimigos.” (Mateus 5.43-44)

Na sua essência, o Sermão do Monte (que, provavelmente, tenha sido mais um tipo de curso de verão estendido do que uma simples pregação) foi o apelo de Cristo aos seus seguidores para serem diferentes de todos os demais. ”Não sejam iguais a eles”, disse Ele (MT 6.8). O Reino que Ele proclamou deve ser uma contracultura, exibindo todo um conjunto de valores e padrões distintos. Desse modo, Ele fala de justiça, influência, piedade, confiança e ambição, e conclui com um desafio radical para que se escolha o caminho dele. 


Vimos ontem que aquilo que Jesus estava contradizendo nas seis antíteses do capítulo 5 de Mateus não era a Escritura, mas a tradição. Todas as seis antíteses são variações sobre o mesmo tema. Por acharem a Lei opressiva, os escribas e fariseus tentavam reduzir seu desafio ao tornar suas exigências menos exigentes e suas permissões mais permissivas. Desse modo, tornavam a Lei mais manejável. Tomemos a quinta a sexta antíteses como nossos exemplos.

Eis a quinta: “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’. Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso” (v. 38-39). “Olho por olho” era uma instrução aos juízes de Israel. Ela expressava a lei do talião, o princípio da exata retribuição como sentença máxima. Os escribas e fariseus, no entanto, estenderam-na. Levaram-na dos tribunais (a que pertencia) para o campo dos relacionamentos pessoais (a que não pertencia). Eles a usavam para justificar a vingança, que a Lei proibia explicitamente.

Agora a sexta antítese: “Vocês ouviram o que foi dito: ‘ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas Eu lhes digo: Amem seus inimigos” (v. 43-44). A citação dos escribas era uma perversão escandalosa da Escritura, pois acrescentava ao mandamento de amar nosso próximo um mandamento correspondente de odiar nosso inimigo, que não se encontra no texto do Antigo Testamento. Os professores da lei se perguntavam quem era o seu próximo, a quem deveriam amar. Isso porque, é claro, respondiam a si mesmos que seu próximo era seu conhecido e semelhante de raça e religião. Sendo assim, se lhes era exigido amar somente seu próximo, isso equivalia à permissão para odiar seu inimigo. Mas Jesus condena por completo esse casuísmo. Ele insistiu que nosso próximo, no vocabulário de Deus, incluía nosso inimigo.

Se amarmos apenas aqueles que nos amam, não seremos melhores que os não-cristãos. Se amarmos nossos inimigos, no entanto, ficará aparente que somos filhos do nosso Pai Celestial, uma vez que Seu amor é indiscriminado, dando chuva e sol a todas as pessoas indistintivamente. Alfred Plummer resumiu as opções: pagar o bem com o mal é demoníaco; pagar o bem com o bem é humano; pagar o mal com o bem é divino.

Para saber mais: Mateus 5.43-48









quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Série OSermão do Monte parte 3 - Cristo e a lei

Publicaremos mais uma série de 7 postagens de autoria do Pastor John Stott sobre O SERMÃO DO MONTE, contidas no Devocionário “A BÍBLIA TODA O ANO TODO”, Editora Ultimato. Abordando sua essência, o autor alega que apesar do fato de algumas pessoas dizerem viver segundo o Sermão do Monte, é possível que elas nunca o tenham lido. Porém a reação mais comum oposta – são muitos os que falam que o Sermão do Monte é um belo ideal, mas totalmente inaplicável, sendo inalcançável. Tolstoi, em certo sentido, combinou essas reações. Por um lado, ansiava por ver o sermão do monte praticado, enquanto, por outro, reconhecia seus fracassos pessoais.

Na sua essência, o Sermão do Monte (que, provavelmente, tenha sido mais um tipo de curso de verão estendido do que uma simples pregação) foi o apelo de Cristo aos seus seguidores para serem diferentes de todos os demais. ”Não sejam iguais a eles”, disse Ele (MT 6.8). O Reino que Ele proclamou deve ser uma contracultura, exibindo todo um conjunto de valores e padrões distintos. Desse modo, Ele fala de justiça, influência, piedade, confiança e ambição, e conclui com um desafio radical para que se escolha o caminho dele.


As pessoas ficaram muito impressionadas com a autoridade de Jesus. “O que é isso?” eles perguntavam. “Um novo ensino!” Em particular, perguntavam qual era a relação entre a sua autoridade e a autoridade da lei de Moisés.

Para essa pergunta, expressa ou não, Jesus dá agora uma resposta definitiva. Ele havia vindo não para abolir o Antigo Testamento, mas para cumpri-lo. Ou seja, veio aperfeiçoá-lo, obedecer a ele e fornecer seu verdadeiro significado, pois ele tem uma validade permanente. Em conseqüência disso, a importância no reino de Deus seria medida pela obediência à Lei. Jesus continuou: “Se a justiça de vocês não for superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus” (v. 20). Quando ouviram isso, os discípulos devem ter ficado confusos, pois os escribas e fariseus eram as pessoas mais corretas sobre a terra. Como observamos, eles haviam calculado que o Antigo Testamento continha 248 mandamentos e 365 permissões, e eles afirmavam guardar todos. Como poderiam os discípulos de Jesus ser mais corretos que as pessoas mais corretas do planeta? O enigma não é difícil de resolver. A justiça cristã é maior que a justiça farisaica porque é mais profunda – é uma justiça do coração.

O restante do capítulo 5 de Mateus consiste em seis parágrafos paralelos, cada um deles contendo uma antítese, introduzida pela fórmula: “ouviram o que foi dito... mas Eu lhes digo”. Com que Jesus está se contrastando? Muitos comentaristas têm sustentado que Jesus está se contrapondo a Moisés. Mas, definitivamente, não é isso, por duas razões no mínimo. Primeira, a expressão que Jesus usava quando citava a Escritura era: “Está escrito”; a expressão “foi dito” introduzia uma tradição oral, não escrita na Escritura. Segunda, Jesus acabara de afirmar, em termos inequívocos, a autoridade duradoura da Escritura (V. 17-18); é inconcebível que, imediatamente depois, Ele contradissesse a Escritura e, desse modo, a si mesmo. Não! Ele endossava a Escritura, insistia em sua autoridade, e dava a ela seu verdadeiro significado, como veremos amanhã (próxima parte).

Para saber mais: Mateus 5.17-20

domingo, 16 de janeiro de 2011

Série O Sermão do Monte parte 2 - O sal e a luz

Publicaremos mais uma série de 7 postagens de autoria do Pastor John Stott sobre O SERMÃO DO MONTE, contidas no Devocionário “A BÍBLIA TODA O ANO TODO”, Editora Ultimato. Abordando sua essência, o autor alega que apesar do fato de algumas pessoas dizerem viver segundo o Sermão do Monte, é possível que elas nunca o tenham lido. Porém a reação mais comum oposta – são muitos os que falam que o Sermão do Monte é um belo ideal, mas totalmente inaplicável, sendo inalcançável. Tolstoi, em certo sentido, combinou essas reações. Por um lado, ansiava por ver o sermão do monte praticado, enquanto, por outro, reconhecia seus fracassos pessoais.

Na sua essência, o Sermão do Monte (que, provavelmente, tenha sido mais um tipo de curso de verão estendido do que uma simples pregação) foi o apelo de Cristo aos seus seguidores para serem diferentes de todos os demais. ”Não sejam iguais a eles”, disse Ele (MT 6.8). O Reino que Ele proclamou deve ser uma contracultura, exibindo todo um conjunto de valores e padrões distintos. Desse modo, Ele fala de justiça, influência, piedade, confiança e ambição, e conclui com um desafio radical para que se escolha o caminho dele.


”Você são o sal da terra... Vocês são a luz do mundo... Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens.” (Mateus 5.13-14, 16)

Sal e luz são duas das maiores necessidades nos lares. Certamente Jesus deve ter visto, inúmeras vezes, sua mãe usar o sal na cozinha. Naqueles dias, antes de existir a refrigeração, o sal era usado normalmente com propósitos antissépticos e de preservação. Assim, Maria deixava peixe e carne mergulhados em água salgada, e acendia lamparinas a óleo quando o sol se punha.

Jesus escolheu essas imagens para indicar a influência que ele desejava que seus seguidores exercessem no mundo. O que Ele quis dizer? O que é legítimo para nós deduzir dessa sua escolha de metáfora? Acredito que ele estava ensinando quatro verdades. Primeiro, os cristãos são radicalmente diferentes dos não-cristãos. Ambas as imagens estabelecem as duas comunidades em contraste uma com a outra. Por um lado, há o mundo; por outro, há você, que deve ser luz na escuridão do mundo. Novamente, o mundo é como carne apodrecida e peixe em decomposição, mas você deve ser o seu sal, detendo a deterioração da sociedade. As duas comunidades são tão diferentes uma da outra quanto a luz é da escuridão, e o sal, da corrupção.

Segundo, os cristãos devem penetrar na sociedade não-cristã. Embora espiritual e moralmente distintos, não devemos ser socialmente segregados. Uma lâmpada não traz nenhum benefício se for guardada no armário; e o sal não faz bem se ficar guardado dentro do saleiro. A luz deve brilhar na escuridão; o sal deve penetrar na carne. Ambos os modelos ilustram o processo de penetração.

Terceiro, os cristão podem influenciar e mudar a sociedade não-cristã. Sal e luz são ambos mercadorias eficazes. Eles mudam o seu ambiente. Quando o sal é introduzido na carne, algo acontece; a deterioração bacteriológica é contida. Do mesmo modo, quando a luz é acesa, algo acontece; a escuridão é dissipada. Não apenas indivíduos podem ser mudados; sociedades também podem ser transformadas. É claro que não podemos tornar a sociedade perfeita, mas podemos melhorá-la. A história está cheia de exemplos de melhora social por meio da influência cristã.

Quarto, os cristãos devem conservar as características Cristãs. O sal deve reter sua salinidade; caso contrário, será inútil. A luz deve reter seu brilho; caso contrário, nunca dissipará a escuridão. E quais são nossas características cristãs? O restante do Sermão do Monte nos diz.

Para saber melhor: Mateus 5.13-16    


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Série O Sermão do Monte parte 1 - As bem-aventuranças


Publicaremos mais uma série de 7 postagens de autoria do Pastor John Stott sobre O SERMÃO DO MONTE, contidas no Devocionário “A BÍBLIA TODA O ANO TODO”, Editora Ultimato. Abordando sua essência, o autor alega que apesar do fato de algumas pessoas dizerem viver segundo o Sermão do Monte, é possível que elas nunca o tenham lido. Porém a reação mais comum oposta – são muitos os que falam que o Sermão do Monte é um belo ideal, mas totalmente inaplicável, sendo inalcançável. Tolstoi, em certo sentido, combinou essas reações. Por um lado, ansiava por ver o sermão do monte praticado, enquanto, por outro, reconhecia seus fracassos pessoais.

Na sua essência, o Sermão do Monte (que, provavelmente, tenha sido mais um tipo de curso de verão estendido do que uma simples pregação) foi o apelo de Cristo aos seus seguidores para serem diferentes de todos os demais. ”Não sejam iguais a eles”, disse Ele (MT 6.8). O Reino que Ele proclamou deve ser uma contracultura, exibindo todo um conjunto de valores e padrões distintos. Desse modo, Ele fala de justiça, influência, piedade, confiança e ambição, e conclui com um desafio radical para que se escolha o caminho dele.


“Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus.” (Mateus 5.3)

Precisamos começar com três negativas. Primeiro, Jesus não está nos encorajando a sermos seletivos, por exemplo, chamando alguns para serem humildes e outros para serem misericordiosos. Todas as oito bem-aventuranças, assim como os nove frutos do Espírito, devem caracterizar os seguidores de Cristo. Segundo, Jesus não está prescrevendo uma fórmula de saúde mental. Na verdade, makarios (“abençoado”) pode significar “feliz”, mas Jesus não está fazendo um juízo subjetivo (aquilo que sentimos), mas objetivo (aquilo que Deus pensa). Terceiro, Jesus não está pregando salvação através de boas obras, mas ensinando como aqueles que já renasceram pelo Espírito se comportarão.

Os pobres em espírito são aqueles que reconhecem que estão espiritualmente falidos. Sua fala é: “Nada em minha mão eu trago, simplesmente à tua cruz me apego”. Os que se encontram de luto aparecem em seguida. Não é a perda de um ente querido que eles choram, mas a perda de sua integridade e respeito próprio. Eles são consolados pelo perdão de Deus. Os humildes (assim sugere o contexto) estão dispostos a que outros pensem deles aquilo que dizem que são. Na escala seguinte estão os que se acham famintos e sedentos por justiça. Um apetite espiritual aguçado marca o povo de Deus.

Se as quatro primeiras bem-aventuranças dizem respeito ao nosso relacionamento com Deus, as outras quatro se referem à nossa relação com as pessoas. Uma vez que Deus é um Deus misericordioso, seu povo deve ser assim também. Devemos amar e servir qualquer um que esteja necessitado, como nos ensinou o bom samaritano (Lc 10.29-37). As próximas pessoas a serem abençoadas são as puras de coração, ou seja, as coerentes, sinceras, transparentes. Os cristãos também devem ser pacificadores. Eles então serão chamados filho de Deus, já que seu Pai é o supremo pacificador que pagou, através da morte de seu Filho, um alto preço para ter paz conosco (Cl 1.20). A oitava bem-aventurança pronuncia uma benção sobre aqueles que são perseguidos por causa da justiça. A perseguição a cristãos está aumentando em várias culturas hoje. Trata-se de um aspecto de nosso chamado cristão, como Jesus ensinou, e nos coloca em uma nobre sucessão, uma vez que os profetas foram perseguidos antes de nós.

Desse modo, a contracultura de Jesus Cristo está em oposição às culturas do mundo, pois Jesus parabeniza aqueles que o mundo considera pobres coitados, e chama os rejeitados do mundo de abençoados.

Para saber mais: Mateus 5.1-12


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Deus verdadeiro

Leitura Bíblica: 2 Crônicas 32.1-22
Por Vanessa Weiler Ribas

“Saibam que o Senhor, o seu Deus, é Deus...que mantém a aliança e a bondade por mil gerações daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos. Mas àqueles que o desprezam, retribuirá com destruição” (Deuteronômio 7.9-10)

Numa época de tanta confusão religiosa, com soluções mágicas e deuses para todos os gostos e demandas, as pessoas têm dificuldade em identificar o que é verdade e o que não é. Há os que afirmam haver muitos caminhos para chegar a Deus, enquanto outros negam mesmo que possa existir um Deus. Alguns até defendem que o verdadeiro caminho é o próprio homem, que poderia tornar-se deus. Tantas teorias aceitas como verdades fazem com que muitos duvidem se a Bíblia está mesmo correta ao afirmar que o único Deus é o que seguimos.

Diante de tantas opções, em que você realmente crê? O texto de hoje mostra um rei orgulhoso de seus feitos, pronto a conquistar Judá. Sua estratégia foi desacreditar o rei Ezequias e principalmente o Senhor, tratado como um deus qualquer. Senaqueribe insultou a Deus, desafiando seu poder. Ezequias encorajou o povo, dizendo: “Com ele está somente o poder humano, mas conosco está o Senhor, o nosso Deus, para nos ajudar e para travar as nossas batalhas” (v8). Os assírios não sabiam do que o Deus verdadeiro é capaz, e pagaram co suas próprias vidas por suas ofensas.

Eles tinham conhecido vários deuses, mas sendo apenas ídolos, estes não puderam defender os povos que os adoravam. Por que com o Deus de Judá seria diferente? Porque Deus é o único e verdadeiro Deus, que cuida de seu povo e o protege, não engana ninguém, é fiel e age para sua própria glória.

É nisso que você acredita? É em Deus que está sua confiança, ou em outros “deuses” – amuletos, homens, poder? Deus de verdade é aquele que age, e para comprovar isso, é preciso deixar Deus agir em sua vida. Não busque ajuda em outros caminhos, mas naquele que é único e verdadeiro.

Em quem você baseia sua confiança (2Reis 18.19)     

Pão Diário 2010