"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: Buscai sempre a Sua face."

Agostinho de Hipona



domingo, 28 de novembro de 2010

Série Imagens do Messias parte 3 - Um profeta como Moisés

Publicaremos uma série de postagens de autoria do Pastor John Stott intituladas IMAGENS DO MESSIAS, abordando uma das características mais notáveis do Antigo Testamento que é a crescente expectativa da chegada do Messias. Imediatamente após a queda, logo que Adão e Eva pecaram, Deus anunciou sua intenção de salvar os pecadores, e faria isso através de um descendente da mesma pessoa pela qual o pecado havia entrado no mundo. A partir de então, a promessa de Deus sobre o Messias vai se tornando cada vez mais rica e variada. Por exemplo, ele seria um profeta como Moisés, um sacerdote como Melquisedeque e um rei como Davi.



“o Senhor, o seu Deus, levantará do meio de seus próprios irmãos um profeta como eu; ouçam-no” (Deuteronômio 18.15)

Um dos anseios mais profundos da humanidade é descobrir a vontade de Deus. Mas como poderemos saber qual é a vontade de Deus? Israel se encontrava diante de duas opções. De um lado, havia os cananeus com suas práticas de bruxaria, feitiçaria, e adivinhação, mas Deus tinha proibido seu povo de imitá-los. Por outro lado, eles poderiam prestar atenção à voz de Deus que vinha até eles através dos profetas. Era uma questão de ouvir. Eles não deveriam dar ouvidos “aos que praticam magia e adivinhação”. Mas “o Senhor, o seu Deus levantará do meio de seus próprios irmãos um profeta” (18.14-15) a quem eles deveriam ouvir.

Essa promessa divina provavelmente se referia à série de profetas que Deus concedeu a Israel, mas durante o período intertestamentário, com o silenciar da voz dos profetas, a expressão “o profeta” passou a ser reconhecida como um título messiânico. Assim, quando Jesus veio, as multidões disseram: “sem dúvida este é o profeta que devia vir ao mundo” (Jo 6.14). Pedro aplicou claramente essa promessa a Jesus (At 3.22) em um de sue primeiros sermões. Porém, Jesus não foi apenas mais um profeta na longa série de profetas através dos séculos. Ele foi o cumprimento de todas as profecias, aquele no qual todas as promessas de Deus encontram o “sim” (2Cor 1.20). Mesmo assim, nós ainda o saudamos como “o profeta”, aquele que como Moises conhece o Senhor “face a face” (Dt 34.10), e em quem a revelação de Deus atinge sua plenitude.

É impressionante como no Monte da Transfiguração Deus, o Pai, aplicou a Jesus o que Ele mesmo havia ordenado em Deuteronômio 18.15. Esta mesma ordem Ele dá a todos nós: “Ouçam-no!” (Mc 9.7).

Para saber mais: Deuteronômio 18.14-22


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Série Imagens do Messias parte 2 - A descendência de Abraão

Publicaremos uma série de postagens de autoria do Pastor John Stott intituladas IMAGENS DO MESSIAS, abordando uma das características mais notáveis do Antigo Testamento que é a crescente expectativa da chegada do Messias. Imediatamente após a queda, logo que Adão e Eva pecaram, Deus anunciou sua intenção de salvar os pecadores, e faria isso através de um descendente da mesma pessoa pela qual o pecado havia entrado no mundo. A partir de então, a promessa de Deus sobre o Messias vai se tornando cada vez mais rica e variada. Por exemplo, ele seria um profeta como Moisés, um sacerdote como Melquisedeque e um rei como Davi.



Farei de você um grande povo, e o abençoarei [...] e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados. (Gênesis 12.3-3)

Abraão é um dos personagens mais importantes do Antigo Testamento. Ele foi o primeiro dos três grandes patriarcas do povo da aliança de Javé. Além de prometer a Abraão uma terra e uma descendência, Deus prometeu abençoá-lo de forma mais ampla, fazer dele uma benção, e através dele (isto é, de seu descendente, o Messias) abençoar todas as famílias da terra.

Não é exagero afirmar que o restante do Antigo Testamento, e na verdade, o restante da história humana, tem sido um cumprimento dessas promessas. Considere o argumento de Paulo. Quando Deus fez suas promessas a Abraão “e a sua descendência” (nos singular), ele usou uma palavra com sentido coletivo, referindo-se assim a Cristo e a tosos que estão unidos a Ele pela fé, pois, se pertencemos a Ele, então somos descendentes de Abraão (Gl 3.16,29).

O Apóstolo então contrasta as palavras maldição e benção, ou mais especificamente “a maldição da lei” e a “benção de Abraão”. “Cristo nos redimiu”, ele escreve, “da maldição da lei (ou seja, do juízo a que estávamos sujeitos pela desobediência à lei) quando se tornou maldição em nosso lugar [...] para que em Cristo Jesus a bênção de Abraão chegasse também aos gentios (Gal 3 13-14). Ele tomou sobre si a maldição para que pudéssemos herdar a bênção.

A promessa de Deus de abençoar o mundo através da descendência de Abraão é o fundamento para a obra missionária cristã. Devemos continuar a compartilhar o evangelho com judeus e gentios até que o número incontável de remidos de todas as nações e línguas seja tão numeroso quanto as estrelas do céu ou a areia do mar. Somente assim a promessa de Deus a Abraão se cumprirá.

Para saber mais: Gálatas 3.6-25     


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Série Imagens do Messias parte 1 - Um descendente de Eva

Publicaremos uma série de postagens de autoria do Pastor John Stott intituladas IMAGENS DO MESSIAS constantes do Devocionário "A Bíblia Toda o Ano Todo" Meditações Diárias de Gênesis a Apocalipse, abordando uma das características mais notáveis do Antigo Testamento que é a crescente expectativa da chegada do Messias. Imediatamente após a queda, logo que Adão e Eva pecaram, Deus anunciou sua intenção de salvar os pecadores, e faria isso através de um descendente da mesma pessoa pela qual o pecado havia entrado no mundo. A partir de então, a promessa de Deus sobre o Messias vai se tornando cada vez mais rica e variada. Por exemplo, Ele seria um profeta como Moisés, um sacerdote como Melquisedeque e um rei como Davi.



Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.” (Gênesis 3.15)

Embora essa mistura de advertência e promessa, hostilidade e vitória pareça um pouco confusa, podemos extrair dela algumas verdades. A primeira é que Deus estabeleceu uma inimizade recíproca entre a raça humana (a descendência de Eva) e os principados e poderes do mal (os descendentes da serpente). Nunca poderemos chegar a um acordo com o mal.

A segunda é que embora esta hostilidade seja contínua, ela não será eterna. Assim, não se trata de um caso de “dualismo”, pois irá culminar no confronto final entre Cristo e o Anticristo.

Por fim, embora esta inimizade seja recíproca, as conseqüências não são, pois a cabeça do inimigo será esmagada, ou seja, destruída pelo homem Cristo Jesus. Ao mesmo tempo, o vencedor não sairá completamente ileso, pois será ferido no calcanhar.

A promessa de que um dos descendentes de Eva iria esmagar a cabeça da serpente é corretamente chamada de proto-evangelho, ou seja, trata-se da primeira proclamação do evangelho. Essa promessa certamente foi cumprida na cruz, pois foi ali que o demônio foi desarmado e derrotado à custa do sofrimento do Messias. Agora todas as coisas estão debaixo de seus pés (Ef 1.22), e podemos confiar (como Paulo escreveu) que “o Deus da paz esmagará satanás debaixo dos pés de vocês” (Rm 16.20). Talvez pareça estranha esta referência ao “Deus da Paz” diante de uma situação de conflito, já que desfrutar da paz e pisar a cabeça de satanás são atitudes aparentemente incompatíveis. O Deus da paz, no entanto, não dá trégua ao demônio. Na verdade, a verdadeira paz só pode ser alcançada com a destruição do mal.

Para saber mais: Efésios 1.15-23   

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Segurança daquele que se refugia em Deus


Por Francisco Paulo de Souza

Leitura Bíblica: Salmo 91

Todos aqueles que procuram segurança em Deus, terão uma vida cheia de paz porque Ele é o altíssimo, um Deus que cuida da segurança de cada um e nos livra de todos os males, tentações e embates que o mundo nos proporciona. Nele nós encontramos refúgio nos momentos de aflição e desespero, o v.3 diz que Ele nos livrará do laço das armadilhas do tentador, e Ele nos cobrirá com Suas penas e debaixo de Suas asas encontraremos segurança, pois Ele é Jeová Roí, o nosso Pastor que nos alimenta, nos protege, nos guia, disciplina e restaura!

Meus queridos, não vale a pena confiar nesse Deus? Ele habita no alto e olha por nós a todo o momento, Ele também, como as águias, carrega Seus filhos em Seus braços ensinando-os a voar por esse mundo cheio de inseguranças e incertezas, ensinando os procedimentos para que cada um saiba se deslocar como convém e com segurança. Nos momentos mais difíceis Ele nos dá forças e muito amor para que confiemos em Seu poder e nos estende as mãos dizendo: filho meu eu estou com você em todos os momentos de sua vida para que você, ainda que tropece, não caia. Ele é Jeová Jireh, o Deus da providência; Ele é Jeová Rafá, o Deus que sara nossas enfermidades e perdoa nossas iniquidades; Ele é Jeová Shalon , a nossa paz!!

Essa proteção não pode ser comprada, ela é adquirida através de nossa fé Naquele que se ofereceu como sacrifício por nós na cruz do calvário, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Nele podemos nos achegar ao Pai com confiança, cônscios de que tudo podemos suportar Naquele que nos fortalece (Fil 4.13). Nada que nos sobrevenha: Seja “tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada”, nenhum mal nos separará do amor de Cristo (Rom 8.35), pois em todas essas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio Daquele que nos amou (Rom 8.37), pois sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Rom 8.28). 

Deus nos colocará em Seu local de separação, local de segurança; No dia glorioso em que nosso Salvador pessoalmente, virá ao encontro dos Seus remidos nos ares com poder e glória. Que o nosso proceder seja de constante vigília, e de oração, pois este encontro está próximo.

“O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará”.Que Deus nos abençoe a todos.

Francisco Paulo é diácono da Igreja Presbiteriana Central de Palmas, meu querido pai.


        

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Diante da porta estreita: Jesus basta

Diante da Porta Estreita


Uma conversa franca com 
os candidatos à Fé em Jesus

por Charles Haddon Spurgeon

Jesus basta

NÃO PODEMOS COM TANTA FREQUÊNCIA ou tão plenamente dizer à alma sedenta que sua única esperança para salvação está no Senhor Jesus Cristo. Está nEle completamente, somente, e apenas. Salvar tanto da culpa quanto do poder do pecado, Jesus é Todo-Suficiente. Seu nome é Jesus, porque "Ele salvará o seu povo dos pecados deles". "O Filho do Homem tem poder para perdoar pecados". Agradou a Deus desde a antiguidade desenvolver um método de salvação que estaria todo contido em Seu único Filho. O Senhor Jesus, para a obra desta salvação, se tornou homem, e sendo achado em figura humana, se tornou obediente até a morte, e morte de cruz. Se outra forma de livramento fosse possível, o cálice de sofrimento teria passado dele. É razoável pensar que o amado dos céus não teria morrido para nos salvar se pudéssemos ser resgatados por um preço menor. A Graça infinita providenciou o grande sacrifício; o Amor infinito O submeteu à morte por nós. Como podemos imaginar haver outro caminho senão aquele que Deus proveu a tão grande custo, e estabelecido nas Sagradas Escrituras de forma tão simples e urgente? Certamente é verdade que "Não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos".

Supor que o Senhor Jesus tenha salvado os homens apenas pela metade, e que é necessária alguma obra ou sentimento neles mesmos para completar Sua obra; é impiedade. O que há em nós que poderia ser adicionado ao Seu sangue e justiça? "todas as nossas justiças, como trapo da imundícia". Podem estas serem costuradas com o caríssimo tecido de Sua divina justiça? Trapos e excelente linho branco! Nossa escória e Seu ouro puro! É um insulto ao Salvador pensar em tal coisa. Já pecamos o suficiente, sem adicionar isto a todas as nossas outras ofensas.
 
Mesmo se tivéssemos alguma justiça em que pudéssemos nos gloriar; se nossas folhas de figo estivessem mais abertas que o usual e não estivessem murchando tanto, seria sábio deixá-las de lado, e aceitar aquela justiça que é muito mais agradável a Deus que qualquer coisa em nós mesmos. O Senhor vê mais coisas aceitáveis em Seu Filho que no melhor de nós. O melhor de nós! As palavras parecem satíricas, por mais que sem intenção. O que há de melhor em qualquer um de nós? "não há quem faça o bem, não há nenhum sequer". Eu que escrevo estas linhas, devo mais livremente confessar que não há o menor traço de bondade em mim mesmo. Eu não daria nada melhor que um trapo, ou um pedaço de trapo. Eu estou totalmente destituído. Mas se eu tivesse o mais justo dos ternos de boas obras que só o orgulho pode imaginar, eu o lançaria fora para que pudesse usar tão-somente as vestes de salvação, que são dadas gratuitamente pelo Senhor Jesus, advindas do guarda-roupa do Seu próprio mérito.
 
É altamente glorificante ao nosso Senhor Jesus Cristo que devamos esperar por todo bem dele somente. Isso é tratá-lo como Ele merece; pois assim Ele é e além dele não há ninguém mais de tal forma que temos de olhar para Ele para sermos salvos.
 
Isso é tratá-lo como Ele ama ser tratado, pois Ele convida todos os que estão cansados e sobrecarregados a vir a Ele, e Ele lhes dará descanso. Imaginar que Ele não pode salvar definitivamente é limitar o Santo de Israel, e por um termo ao Seu poder; ou mesmo esfaquear o coração amoroso do Amigo dos pecadores, e lançar uma dúvida sobre Seu amor. Em ambos os casos, estaríamos cometendo um pecado cruel e ousado contra os mais doces pontos de Sua honra, e são Suas habilidade e desejo de salvar todo o que se achega a Deus por Ele.

A criança, no perigo do fogo, simplesmente se agarra ao bombeiro, e confia nele somente. Ela não questiona a força de seus braços para carregá-la, ou o zelo de seu coração para resgatá-la; mas ela se agarra. O calor é terrível, a fumaça está cegando, mas ela se agarra, e seu libertador rapidamente a leva para a segurança. Na mesma confiança infantil agarre-se a Jesus, que pode e irá lhe colocar fora dos perigos do fogo do pecado.
 
A natureza do Senhor Jesus deveria nos inspirar a maior confiança. Sendo Ele Deus, Ele é poderoso para salvar; sendo Ele homem, Ele está cheio e pleno para abençoar; sendo Ele homem e Deus em uma única Pessoa Majestosa, Ele é como o homem em Sua forma e Deus em Sua santidade. A escada é longa o suficiente para alcançar Jacó prostrado em terra, e Javé reinando no céu. Criar uma nova escadaria seria supor que Ele falhou na tarefa de encurtar a distância; e isso seria desonrá-Lo gravemente. Se mesmo adicionar qualquer palavra à d'Ele é clamar por uma maldição sobre nós mesmos, o que receberíamos fingindo adicionar qualquer coisa a Ele? Lembre-se que Ele, Ele mesmo, é o Caminho; e supor que devemos, de alguma forma, acrescentar algo à rua divina, é ser arrogante o suficiente para pensar em acrescentar algo para Ele. Fora com tal ideia! Abomine-a por ser uma blasfêmia; pois na essência é a pior blasfêmia contra o Senhor do amor.
 
Vir a Jesus com algum valor em nossas mãos seria orgulho insuportável, ainda que tivéssemos qualquer coisa para trazer. Do que de nós Ele precisa? O que poderíamos trazer se Ele precisasse? Venderia Ele as bênçãos de valor inestimável da Sua redenção? Que Ele forjou com o sangue de Seu coração, iria trocá-las conosco por nossas lágrimas e votos, ou por nossas cerimônias e sentimentos, ou obras? Ele não se diminui e se vende: Ele dará gratuitamente, como convém ao Seu amor real; mas aquele que lhe oferece um valor não sabe com quem está lidando, nem quão gravemente envergonha o Seu Espírito livre. Pecadores de mãos vazias terão o que quiserem. Tudo que eles podem precisar está em Jesus, e Ele dá a quem pede; mas temos de crer que Ele é tudo em tudo, e não ousarmos respirar uma palavra sobre completar o que Ele terminou, ou nos adequarmos ao que ele dá como pecadores indignos.
 
A razão pela qual esperamos o perdão dos pecados, e vida eterna, pela fé no Senhor Jesus, é que Deus assim determinou. Ele jurou por si mesmo no evangelho salvar todos os que confiam no Senhor Jesus de verdade, e Ele nunca fugirá da Sua promessa. Ele tanto se agrada de Seu único Filho, que Ele tem prazer em todo aquele que O segura firme como sua única esperança. O grande Deus, Ele mesmo toma conta Dele que se apoderou de Seu Filho. Ele obra a salvação em todos os que procuram essa salvação do Redentor que foi morto. Pela honra do Seu Filho, Ele não permitirá que o homem que n'Ele confia seja envergonhado. "Quem crê no Filho tem a vida eterna", pois o Deus que vive eternamente O tomou para si mesmo, e o fez coparticipante da Sua vida. Se você confiar somente em Jesus, você não precisa temer, pois efetivamente será salvo, tanto agora e no Dia de Seu advento.
 
Quando um homem O toma por Fiador, há um ponto de união entre ele e Deus, e essa união garante bênçãos. A fé nos salva porque nos faz agarrar-nos a Cristo Jesus, e Ele é um com Deus, e isso nos leva a uma conexão com Deus. Disseram-me que, anos atrás, abaixo das Cataratas do Niágara, um barco estava virado, e dois homens estavam sendo carregados pela correnteza, quando pessoas na margem conseguiram jogar uma corda para eles, e que foi agarrada por ambos. Um deles a agarrou firmemente, e foi puxado em segurança para a margem; mas o outro, vendo uma grande tora flutuando, imprudentemente largou a corda, e abraçou o grande pedaço de madeira, pois era das duas coisas a maior, e aparentemente melhor para se agarrar. Que erro! O tronco, com o homem, foi direto para o vasto abismo, pois não havia nenhuma união entre a madeira e a praia. O tamanho da tora não beneficiou aquele que a agarrou; precisava de uma ponta na margem para produzir segurança. Assim, quando um homem confia em suas obras, ou em suas orações, ou em ações de graças, ou em sacramentos, ou em qualquer coisa desse tipo, ele não será salvo, pois não há nenhuma união entre Ele e Deus por meio de Cristo Jesus; mas a fé, por mais que pareça uma corda fina, está nas mãos do grande Deus na margem; poder infinito puxa a linha de conexão, e assim livra o homem da destruição. Oh, a bênção da fé, porque une-nos a Deus pelo Salvador, que ele apontou, Jesus Cristo! Oh leitor, não há senso comum nesse assunto? Pense sobre isso, e logo poderá haver um elo entre você e Deus, pela sua fé em Cristo Jesus!

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Titulo original: Around the Wicked Gate
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